Eu disse que vocês precisariam ter um pouco de paciência… Lá vem mais propaganda e, repito a ladainha, por que não fazer o drama? Lá vem mais apelo.
E lá vem mais apelo porque a campanha está funcionando, o número de assinantes gratuitos vem crescendo vertiginosamente e o de assinantes pagos, meu objetivo, também (mas não vertiginosamente).
0,83% dos assinantes pagam valores irrisórios para terem acesso à newsletter (edição especial) que chega na sexta-feira em suas caixas de e-mail.
Curiosidade: não conheço a imensa maioria dos assinantes que se dispuseram, até o momento, a pagar para ler a edição especial da newsletter.
Voltando: eu quero que venham mais.
Quem optar pela assinatura anual pagará um valor de R$ 4,12 (quatro reais e doze centavos) por cada texto publicado, levando-se em conta que publico quatro textos por mês, que chegam às sextas-feiras, sem prejuízo dos textos gratuitos que continuarão chegando aos sábados.
É evidente que a newsletter de sexta e a newsletter de sábado não guardam nenhuma semelhança; e que aquela que chega às sextas é a cereja do bolo.
A assinatura anual sai por R$ 198,00 (cento e noventa e oito reais), ou R$ 0,55 (cinqüenta e cinco centavos) por dia.
Não é nada, pô.
Os três primeiros a assinarem, a partir do envio dessa edição, e que optarem pela assinatura anual, ganharão uma edição de Tijucanismos autografada - o envio fica por minha conta (combinamos tudo por e-mail).
É só clicar aqui. Conto contigo.
AS REDES SOCIAIS, A VIDA À VIDA
Recebi, essa semana, o e-mail cujos prints seguem imediatamente abaixo.
Pedi, é claro, autorização ao remetente para publicá-lo, e os trechos ocultados o foram por decisão minha: o generoso leitor (e assinante) nada me pediu nesse sentido.
Leiam e eu continuo a prosa.
Fiquei, faço desde já a confissão (que fiz a ele na resposta que enviei), comovidíssimo com o teor da mensagem. Afinal, como diz a série que vira-e-mexe publico no Instagram (aqui a minha conta), é por isso - também por isso - que eu escrevo.
Saber-me responsável por provocar no leitor o tanto de emoções descritas no e-mail, convenhamos, é de fato emocionante.
Vai daí que eu, que respeito profundamente os acasos que me chegam, sabedor do tanto que a vida já me deu (ou que as redes sociais me deram) em termos de gente, não apenas respondi ao e-mail como já marquei um biricotico com o remetente, pai de um piá de pouco mais de dois meses de idade, para pouco depois da Quaresma 2024, que chega ao fim no próximo sábado, 30 de março, Sábado de Aleluia.
Aprendi - depois do tanto de gente bacana que chegou-se para mais perto graças às redes sociais, ao blog, agora à newsletter - a não deixar passar a oportunidade de conhecer melhor quem se apresenta assim, de forma tão bonita.
E por isso quero lhes contar uma história - real, como quase todas que conto por aqui.
Digo a vocês, sem medo do erro, que tenho um amigo nas Minas Gerais, em Nova Lima mais precisamente, que conheci graças à iniciativa que ele teve, de também me mandar um e-mail, e a que tive, dias depois, acolhida de primeira por ele, Humberto Hermeto (na seção Das prateleiras do Buteco do Edu de hoje, o e-mail a que me refiro).
Por vício de profissão, precisei correr atrás das provas dos fatos.
E, para minha alegria, as encontrei.
Era 26 de fevereiro de 2015 quando me deparei com um desenho do Humberto, no Instagram, retratando Karl Marx (esse, abaixo).
Achei lindíssimo.
E fui direto.
Está à venda o velho Marx?, perguntei.
Ele foi tão direto quanto eu.
É um presente. Guardarei aqui até nos encontrarmos.
Alguém sem fé na vida pensaria: não vai dar em nada.
Isso foi - relembrando - em fevereiro de 2015.
Dois anos e meio depois, quando já tínhamos o telefone um do outro, Humberto veio ao Rio.
Eis o diálogo, pelo WhatsApp, que selou nosso encontro no CTI das Almas no dia 11 de setembro de 2017.
Chego ao CTI e me deparo com um maluco vestido de Fidel Castro.
Fardado.
Quepe igual ao do Comandante.
Bebemos desbradagamente.
Humberto, a pedido meu, escreveu no desenho: “Pra Morena e pro Edu com muito carinho.”.
Quase sete anos depois, Karl Marx está na parede de minha casa, abaixo do Castor de Andrade.
E o Humberto - que faria, anos depois, as ilustrações de dois dos meus livros (De hoje não passa e Tijucanismos) - definitivamente inscrito ma galeria dos grandes amigos que fiz ao longo da vida.
Eis as fotos desse inesquecível encontro.
DAS PRATELEIRAS DO BUTECO DO EDU
Hoje, na seção Das prateleiras do Buteco do Edu, blog que mantive ativo de março de 2004 a dezembro de 2020, republico Dona Olívia, glória tijucana, texto publicado no dia 30 de janeiro de 2015, aqui.
“A vida é mesmo cheia de surpresas e, durante essa semana, uma delas caiu-me no colo e foi – confesso! – motivo de muita alegria. Vou lhes contar, é o motivo que me traz aqui ao blog pela primeira vez em 2015.
No dia 24 de janeiro, um sábado, voltando da praia (tenho chegado na praia antes das 06h da manhã), decidi subir e descer a Estrada das Canoas e o Alto da Boa Vista para testemunhar, a cada quilômetro rodado, que o Rio humilha. Meu destino? A Praça Xavier de Brito, na Tijuca, uma das mais agradáveis da cidade que completa, em 2015, 450 anos. Mais precisamente o Bar do Pavão, numa das mais aprazíveis esquinas da cidade. E sempre que vou ao Bar do Pavão toco na casa amarela onde mora a dona Olívia (foto abaixo), amiga de minha avó paterna desde que meu pai era “um molecote”, é como ela se refere ao velho Isaac.
Dona Olívia é portuguesa mas veio para o Brasil ainda pequenina. Aqui casou-se com o seu Antônio, um tremendo boa-praça, botafoguense daqueles roxos, e infelizmente vítima do Mal de Parkinson. Moram, os dois, numa simpática casa ao lado do Bar do Pavão (parede com parede), e a dona Olívia, companheira exemplar que é, dedica-se a cuidar do companheiro de uma vida inteira com denodo, fé e certa dose de sofrimento – façam uma idéia.
Sofrimento que não se sobrepõe à alegria que é a dona Olívia.
E quero lhes contar uma história, apenas uma (são muitas, mas por ora quero lhes deixar com essa), que mostra bem quem é essa portuguesa, carioca maiúscula, tijucaníssima, heroína dos nossos 450 anos!
Certa feita, há muitos anos (o Bar do Pavão está ali, naquela esquina, há muitos anos, muitos!), a vizinhança (não se esqueçam nunca de que o maior problema da Tijuca, o único, eu diria, é o tijucano) deu de implicar com o Bar do Pavão por conta dos mais patéticos, quadrados, reacionários e conservadores motivos. Armou-se abaixo-assinado, até, para denunciar o Bar do Pavão aos órgãos fiscalizadores da Prefeitura do Rio. Abriu-se processo administrativo, teve visita de fiscal, aplicação de multas, sanções, o processo correu até que um dia a dona Olívia recebeu a visita de um de seus vizinhos, um general-de-pijama cheio de pompa.
– É o seguinte, dona Olívia. O processo para cassar o alvará do Pavão está correndo mas bateram o martelo lá na inspetoria. Para que nossa denúncia ganhe força definitiva e caráter implacável contra esse bar é necessário que tenhamos a sua assinatura. Parece que a legislação exige que a senhora, vizinha de parede do Pavão, concorde com nosso pleito! – e quase bateu continência.
Dona Olívia sequer respirou:
– Pois não assino. E mais, e mais! Vou autorizar o uso da calçada em frente à minha casa para mesas, cadeiras e ombrelones! Passe bem! – e bateu o portão no nariz do pernóstico vizinho.
E a dona Olívia, meus poucos mas fiéis leitores, não satisfeita com a atitude, ainda permite (até hoje, e eu sou testemunha!) que, quando cheio o bar, seus clientes usem o banheiro de sua casa – para desespero da vizinhança mesquinha.
Dona Olívia é, por isso, uma heroína, uma tijucana máxima, uma figura absolutamente imprescindível para manter viva a chama da carioquice!
E vamos à surpresa.
Recebi, dia desses, e-mail de um sujeito chamado Humberto Hermeto Pedercini Marinho. Apresentou-se assim, o Humberto: “Cara, eu sou arquiteto, mas também gosto muito de desenho, pintura. Resolvi – instigado por um amigo – investir mais na arte. A sugestão de postar um desenho por dia (vou completar uns 6 caderninhos de aquarela até o final do ano) foi dele, e estou cumprindo… O legal é que, além de divulgar meu trabalho, me ajuda a desenvolver as técnicas uma vez que sou completamente autodidata nessa área… Além disso, parece que vai formatando umas idéias na cabeça… Suas fotos e seus textos (comendo o rabo da Globo principalmente) acabam inspirando alguns desenhos. Se vc olhar esse aqui* verá que tem tudo a ver com o q vc escreve. Abração e use o desenho à vontade!”.
Eis aí o desenho – sensacional! – que o Humberto publicou no Instagram e me enviou por e-mail, em alta resolução, para que eu possa presentear a dona Olívia (o que farei já na semana que vem).
Viva a carioquice! Viva a dona Olívia e viva o Humberto!
Até.”
* o link me levava até um de seus desenhos, em sua conta no Instagram, hoje removido.
LIVROS (A HORA DA JABALÂNDIA)
Publiquei poucas coisas até hoje.
Mas publiquei.
Meu lar é o botequim, que está esgotado, foi o primeiro (mentira, tenho vergonha do primeiro e por isso eu o omito). Pode ser comprado só em sebos (aqui) - tenho apenas um exemplar novo em folha e que estou aqui pensando como posso sortear.
De hoje não passa, escrito a quatro mãos (uma troca de cartas) com Julio Bernardo (aqui).
E Tijucanismos, aqui.
Uma ou outra coletânea… e olhe lá.
UMA DICA DE PLAYLIST
Quero indicar a vocês, meus pouco mas fiéis leitores, uma das playlists que montei no Spotify - Rio de Janeiro - que já conta com 164 seguidores.
Ela será permanentemente incrementada (e eu aceito sugestões que podem ser enviadas por e-mail!).
Ela está aqui ou, se preferir, ouça já! - abaixo.
A referida playlist deve ser ouvida no modo aleatório e, repito, está longe de estar definitivamente pronta. Assim como eu.
Até.
Podemos continuar o papo (e você pode saber mais sobre mim, nessa exposição permanente que são as ~redes sociais~) no Twitter | no Instagram | ou no YouTube
Dúvidas, sugestões, críticas? É só responder esse e-mail ou escrever para edugoldenberg@gmail.com
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