ESTEPHANIO´S, UM DELÍRIO NA ZONA NORTE
edição especial número 07 - newsletter Buteco do Edu
A edição da newsletter que você acaba de receber é a sexta dirigida exclusivamente aos assinantes da Buteco do Edu na modalidade paga, o que significa dizer que estou escrevendo para 1,13% dos assinantes totais - semana a semana fomos de 0,48% para 0,78%, para 0,83%, para 0,91%, para 1,02% e na semana passada para 1,07%; estamos avançando devagarinho e eu dedico essa conta, esse controle, a Rodrigo Carvalho, ilustre leitor residente na capital britânica que adora estatística e que vibra, semana após semana, quando percebe os resultados positivos da campanha em busca de novos assinantes.
Peço que se você estiver gostando do que tem chegado para você às sextas-feiras, para além do que lhes chega gratuita e esporadicamente aos sábados, faça correr esse link, faça propaganda da newsletter, convença alguém que goste de ler a vir para cá e a assinar a Buteco do Edu - às favas, a modéstia. Perto do que se vê por aí, os tais “textões” que as azêmolas publicam, é coisa fina. É só clicar aqui.
ESTEPHANIO´S BAR
Contando, parece mentira.
E vai aqui, em apertada síntese, um pouco da história (e algumas fotos dentre as centenas que tenho).
Corria o ano de 1999. Fernando Goldenberg e dois outros amigos à época – Paulo Barbosa e Marco Saldanha – decidiram abrir um bar.
Deram de cara com o escondidíssimo Estephanio´s Bar, cujo nome era o nome do dono do ponto - Estephanio.
Eu disse escondidíssimo e era escondido mesmo, o tal bar.
Ficava na rua Visconde de Itamarati, entre a São Francisco Xavier e a avenida Maracanã, na Tijuca, e era minúsculo, ficava numa lojinha de rua com não mais do que quatro mesas e lugar pra meia dúzia de pessoas, espremidas, no balcão, em pé.
Negocia daqui, negocia dali, fecharam negócio, os três. Com menos de uma semana de funcionamento, pulou fora o Marco – não agüentou o tranco. Foi quando os remanescentes me chamaram pra compor o quadro societário.
Negocia daqui, negocia dali, ficaram os dois com 45% cada um e eu com 10% das cotas.
Eu, o único que não trabalharia no bar – foi o que acordamos -, teria uma função precípua: armar as rodas de samba que pretendíamos fazer ali, aos domingos. E, sendo possível, convocar gente pra fazer música, todos os dias, naquela minúscula calçada a que tínhamos direito (com direito a brigas constantes com o síndico do prédio, desde o primeiro dia).
Foram poucos meses naquele endereço. E por ali passaram – creiam, meus poucos mas fiéis leitores! -, para profundo orgulho nosso, e muitos deles diversas vezes (em ordem alfabética, para não ferir suscetibilidades), Aldir Blanc, Beth Carvalho, Delcio Carvalho, Dorina, Edmundo Souto, João da Valsa, Moacyr Luz, Nelson Sargento, Pedro Amorim, Sombra, Sombrinha, Walter Alfaiate, Wilson Moreira… e fomos testemunhas de momentos que, se não foram filmados (como o troço pedia), foram fotografados e que estão muito bem guardados na memória e no coração de quem passou por ali.
Houve noite em que Beth Carvalho tomou do violão e cantou pra gente ouvir (foi, salvo engano meu, a primeira vez que a Beth cantou Só dói quando eu Rio, de Moacyr Luz e Aldir Blanc, voz e violão, e bem lembro do assombro do Aldir ouvindo sua interpretação - as fotos, incríveis!, e um vídeo, estão na seqüência e não me deixam mentir).
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