Estive em São Paulo no final de junho, um bate e volta - fui sexta pela manhã e retornei sábado cedinho. Fui, durante as quase doze horas em que estive por lá, um sujeito integralmente dedicado ao hedonismo - atividade que, convenhamos, não é de todo má. Eu tinha pouco tempo, então tratei de pensar antecipadamente no que faria por lá.
A viagem teve como mote o lançamento do mais recente livro de Luiz Antonio Simas, esse sujeito que, meu amigo, meu compadre, meu vizinho, ganha, a cada dia que passa, mais visibilidade (mais do que merecidamente!), mais fama e conseqüentemente mais gente em busca de lê-lo, de vê-lo, de tocá-lo, farejá-lo. Ele estava indo a São Paulo para lançar seu mais novo livro, que aliás pode ser comprado aqui.
Eu já havia estado no lançamento no Rio de Janeiro mas o convite que ele me fez aliado ao baixíssimo preço das passagens (gastei apenas 12.000 milhas indo e vindo) e à saudade que eu estava dos amigos que vivem lá não me deixaram pensar duas vezes. Simas iria chegar às 15h em São Paulo, meu vôo chegou às 08h da manhã, o lançamento era apenas à noite mas saiu tudo conforme o planejado (sim, começarei um relato à moda Washington Olivetto).
Fiz questão de ir a um dos meus botequins preferidos em São Paulo, o bar do Juarez, oficialmente Peixinho. Fica na Lapa, na esquina das ruas Albion e Gomes Freire. Um portento, um autêntico pé-sujo, dos mais vagabundos e aos quais meu coração não resiste, apud Aldir Blanc.
Convoquei de véspera - e eles prontamente atenderam à convocação - Fábio Seixas e Julio Bernardo (foto abaixo) pra me acompanharem na jornada.
O buteco é daqueles comoventes. A cerveja está sempre gelada (como estava às 10:30h da manhã, quando abrimos a primeira), o balcão é extenso com bancos de madeira, um clássico absoluto (como se vê da foto abaixo).
Estufa, muita cachaça nas prateleiras, passarinho cantando, um ponto do jogo do bicho no interior do bar, e ali ficamos até que partimos, eu e Julinho, pra almoçar.
Pausa pro jabá: escrevi um livro com Julinho que está à venda no site da Mórula e você pode comprá-lo aqui.
Quando eu penso em comer e beber bem - já disse isso mais de uma vez - o Julinho é referência. E ele foi taxativo: me levaria pra comer no Chimichurri Parrilla. E ele não errou.
Comemos muitíssimo bem.
Sentamos no balcão diante da parrilla, derrubamos algumas garrafas de vinho, falamos mal dos ausentes e convocamos, por telefone, Candinha (mulher do Simas que chegara pouco depois de mim à cidade) e Arthur Tirone, meu queridíssimo Favela de quem eu tinha agudíssima saudade.
Se já havíamos derrubado algumas garrafas de vinho, com os dois presentes (foto abaixo) a coisa ganhou mais corpo. E bebemos mais. E fechamos assim uma tarde espetacular.
De lá seguimos - Julinho e Favela ficaram - pro lançamento do livro.
Livraria lotada, gente saindo pelo ladrão.
Uma fila que dava voltas no quarteirão.
Juntaram-se a nós Fábio Seixas e Camila, Trajano e Rosana e Rodrigo Vianna.
Bebemos enquanto Simas assinava livros e, terminado o último autógrafo, tomamos a direção de um restaurante no centro da cidade para um jantar final de noite (foto abaixo).
Altas horas tomei carona com Rodrigo Vianna até sua casa - onde pousei até a hora do vôo.
Voltei pro Rio com a sensação do dever cumprido, a saudade de bons amigos aplacada e a certeza de que vale a pena essa dedicação ao desfrute puro e simples.
Não entendo quem opta pela mediocridade - assunto pra um próximo dia - em detrimento do arrojo, da coragem, do (por que não?) hedonismo.
VIDA DE CARACOL
Não entendo, era o que eu estava começando a lhes dizer - mas tento entender - quem abra mão da emoção na vida, do arrojo, da coragem, do hedonismo.
Gente que se assombra com tanta luz, quando sai da concha - é uma das hipóteses que levanto tentando entender quem, uma vez conhecendo a luz, opta pela sombra.
E POR FALAR EM DESFRUTE…
Finalzinho do dia - na quinta-feira, 07 de julho - e marcamos um encontro rápido no Bar Madrid pra jogar conversa fora (e, pra dentro, cerveja e maracugibre, esse clássico do bar).
Ficamos ali, Simas, Didi e eu - Didi é Diego Vaz, subprefeito da zona norte - até o comecinho da noite.
Foi ali, aliás, que promovi o primeiro encontro entre os dois.
Didi, que não tem nada de bobo, me pediu que agitasse uma conversa com o Simas antes mesmo de assumir o cargo.
Sabia, já, que era importante ouvir o sujeito que melhor conhece a alma das ruas do Rio.
E fazer pontes, você que me lê sabe, é das coisas que mais prazer me dá nessa vida.
NOI
A newsletter segue com a parceria com a Noi, a mais carioca das cervejas - a despeito de ter nascido em Niterói.
Já lhes fiz a confissão e a repito aproveitando que falei do homem hoje: eu e Simas usamos e abusamos do delivery da Noi durante o dificílimo ano de 2020 e em 2021.
Pois você pode fazer seu pedido de delivery aqui e, na hora de fechar, usar seu cupom de desconto BUTECODOEDU
Usem e abusem que o desconto é de 10% e o chope e a cerveja são demais.
Até.
Podemos continuar o papo (e você pode saber mais sobre mim, nessa exposição permanente que são as ~redes sociais~) no Twitter | no Instagram | ou no YouTube
Dúvidas, sugestões, críticas? É só responder esse e-mail ou escrever para edugoldenberg@gmail.com
📩 Se você gostou do que viu aqui e ainda não assina a newsletter, inscreva-se no botão abaixo e receba por e-mail, uma vez por semana, sempre aos sábados, o Buteco do Edu. E se você achar que algum amigo ou alguma amiga pode se interessar pelo papo de botequim, encaminhe esse e-mail, essa newsletter, faça correr mundo esse balcão virtual.